domingo, 30 de novembro de 2008

Questão da Caxemira

Atualmente localizada no norte do subcontinente indiano, a Caxemira é disputada por Índia e Paquistão desde o fim da colonização britânica. As tensões na região têm início com a guerra de independência, em 1947, que resulta no nascimento dos dois Estados - a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, muçulmano. Segundo uma resolução da ONU datada de 1947, a população local deveria decidir a situação política da Caxemira por meio de um plebiscito acerca da independência do território. Tal plebiscito, porém, nunca aconteceu, e a Caxemira foi incorporada à Índia, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da população local - de maioria muçulmana - e levou à guerra de 1947 a 1948. O conflito termina com a divisão da Caxemira: cerca de um terço fica com o Paquistão (Caxemira Livre e Territórios do Norte) e o restante com a Índia (Jammu e Caxemira).

Em 1962, a China conquista um trecho de Jammu e Caxemira (Aksai Chin); no ano seguinte, o Paquistão cede aos chineses uma faixa dos Territórios do Norte. Um novo conflito, em 1965, não traz modificações territoriais.

Nos anos 1980, guerrilheiros separatistas passam a atuar na Caxemira indiana. Mais de 25 mil pessoas morrem desde então. A Índia acusa o governo paquistanês de apoiar os guerrilheiros - favoráveis à unificação com o Paquistão - e intensifica a repressão.

A situação da área continua tensa - além do conflito com o Paquistão, existe atualmente um forte movimento pró-independência na Caxemira.

Índia: ataques terroristas deixam mais de 160 mortos

MUMBAI - Forças de segurança especiais indianas passaram o dia desta sexta-feira cercando o hotel Taj Mahal Palace, em busca de dar fim a mais de 48 horas de ataques em Mumbai. Após tomar o controle do hotel Oberoi Trident e do centro de estudos judaicos, as forças tentavam eliminar a última resistência – um terrorista entrincheirado no hotel Taj Mahal, com ao menos dois reféns em seu poder. O grupo se movia entre dois andares do hotel, segundo o general Noble Thamburaj, encarregado de coordenar a operação contra os terroristas. O hotel voltou a ser palco de explosões no fim do dia desta sexta-feira.

De acordo com a imprensa indiana, ao menos 160 pessoas foram mortas desde que os ataques a 10 lugares diferentes começaram em Mumbai. Desde quarta-feira, ficaram feridas cerca de 370.

A maioria dos mortos é indiano, entre eles funcionários do hotéis, além de 14 policiais e dois membros da elite das forças de segurança locais, de acordo com fontes oficiais. Segundo um oficial da segurança indiana, pelo menos oito estrangeiros foram mortos, entre eles três alemães, um japonês, um canadense, além de um britânico e outro australiano.

Explosões também foram registradas em outros pontos, como a estação de trem Chhatrapati Shivaji, uma das mais movimentadas da Índia, um cinema, delegacias, um hospital que atendia feridos nos ataques e o popular Café Leopold, freqüentado por turistas e gente de Bollywood – a indústria cinematográfica indiana.

Centro judaico

O ataque aéreo ao centro de estudos judaicos foi executado por disparos e explosões, enquanto integrantes da força de segurança chegavam para tomar cada andar do local.

Soldados conseguiram deter terroristas que atacaram o grupo de judeus ultra-ortodoxo e encontraram corpos de cinco reféns dentro do centro judaico.

No fim da sexta-feira, o porta-voz do movimento internacional Chabad Lubavitch confirmou que o rabino de Nova York Gavriel Noach Holtzberg e sua esposa, Rivka, estavam dentre os reféns encontrados mortos no local. De acordo com o porta-voz, Holtzberg, 29 anos, havia ligado para o consulado israelense mas a ligação caiu no meio da conversa.

Holtzberg foi um dos três americanos mortos nos ataques. Rivka nascera em Israel e viveu muitos anos em Nova York, mas não ficou confirmado se ela era ou não cidadã americana.

Nesta sexta-feira, a Marinha indiana e investigadores da Guarda Costeira declararam que os dois barcos detidos no Mar Árabe, na costa de Mumbai, na quinta-feira, não tinham ligação com os ataques. Uma embarcação de pesca, no entanto, continua sob custódia.

Em decorrência dos ataques, autoridades indianas puseram em alerta máximo os aeroportos de grande porte do país. As companhias aéreas, tanto nacionais quanto internacionais, receberam instruções para informar aos passageiros que cheguem com uma hora de antecedência ao check-in, para que suas bagagens possam ser revistadas.

As companhias aéreas indianas mantiveram seu calendário normal de pousos e decolagens em Mumbai, enquanto algumas companhias estrangeiras cancelaram seus vôos para a capital financeira da Índia.


[22:49] - 28/11/2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Forças de Segurança da Índia dizem restar poucos terroristas nos hotéis de Mumbai

As forças de segurança da Índia disseram nesta quinta-feira que há apenas um terrorista no hotel Taj Mahal, e a rede CNN afirma haver outros dois no hotel Hoberoi, em Mumbai. Nesta quarta-feira, terroristas realizaram ataques a tiros e granadas em diversos pontos de grande movimento e freqüentados por ocidentais no centro financeiro da Índia, e fizeram centenas de reféns em três locais, que foram sendo resgatados ao longo do dia.

O número de mortos chega a 119 e os feridos somam 314. De acordo com as agências de notícias Efe e France Presse, porém, ele já chega a 125.

27/11/2008 - 19h35

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Política

A Índia costuma ser apontada como a maior democracia do mundo, pois conta com o maior eleitorado dentre os países democráticos. O país adotou como forma de Estado a federação, com um parlamento bicameral que funciona com base em um sistema parlamentarista de estilo Westminster.

O presidente, na qualidade de chefe de Estado, exerce um papel principalmente protocolar, embora seja o comandante supremo das forças armadas e sua sanção seja necessária para que qualquer lei aprovada pelo parlamento entre em vigor. É eleito indiretamente por um colégio eleitoral para um mandato de cinco anos